Amigos em Comum

Tenho saudades dos meus amigos. E tão gratificante conseguir rir naturalmente! Ser exagerado ao relatar uma história – em sua grande maioria inventada – e ver todos gargalhando sinceramente junto a você. Às vezes mesmo em momentos preocupantes, como quando Tiago recebera a notícia de que seria papai. Mesmo naquele momento a solidariedade compartilhada entre nós e os amigos em comum, em sua grandeza, conseguiu fazer com que todos sentissem a mesma dor, mas a certeza e o conforto de que tudo daria certo no final. Sempre dando suporte ao próximo e ainda assim, eventualmente, ser capaz de tirar uma casquinha, só pra descontrair.

As reuniões na laje, em postos de gasolina, garagens, jacuzzis ou até mesmo na rua, perambulando entre as covas do cemitério, admirando a lua, as estrelas, os sons notívagos... Tudo tão belo, não importava tanto o local, quanto as pessoas que lá estavam. Nem sempre todos estavam presentes (nunca todos estavam presentes), mas era possível divertir-nos ao máximo em cada saída realizada e não necessariamente pré-programada. Quando com um carro por perto, um bom progressive house não pode faltar. Que dirá o hino Lazy Florentina Remix!

Quanto à bebida, não somos muito frescos, não. Todos curtem aquela Cicarelli geladinha e entre os russos, 50% vai de Natasha, os outros, Rajska. Os cervejeiros não notam a diferença, mas acredite, ELA EXISTE! Agora os solventes, esses sim variam muito: Sprite, Schweppes, Coca, gelo, Red Horse, SuFresh e Tang de diversos sabores, ufa... um cocktail de frutas, às vezes! “Essa é a fórmula pra pegar garotas! Dociiinho... tu nem sente o álcool, mas logo logo elas tão mais pra lá do que pra cá”, diria o Bruno. Se a safra for boa, tem até Conhaque, Whisky e Ice. Menos 7 Colinas... Descanse em paz.

Desavenças são comuns, até mesmo sóbrios casais se desentendem e companheiros confrontam idéias, deixando todo o lugar com um clima de tensão. Felizmente não tarda muito para que alguém solte uma piada e logo todos estejam novamente rindo e enchendo os copos. São todos do bem e possuem um senso comum parecido. Caso haja alguém muito fora dos padrões, logo é endireitado, risos. Não disputamos copos, bebida, gelo, ou a bola da naja. O narguilé passa de mão em mão sem estresse nenhum. Claro que tem sempre um bêbado pra puxar demais a mangueira e quebrar o vidro, a porcelana ou simplesmente deixar o carvão cair na caixa de gelo, tornando os próximos drinks MUITO mais violentos, mas isso nos remete a outra história...

Não somos muito de balada, não. Amantes da música eletrônica são poucos, Hip Hop, então... menos ainda. Por isso o ambiente “livre”, com bebidas mais baratas e maior diversidade nos apetece muito mais, em sua esmagadora maioria das vezes. Só mesmo em eventos muito especiais ou com DJ muito famosos para que desbanquemos uma grana pra entrar em um lugar em que nem ANDAR direito seja possível. Imagine dançar. Um posto de gasolina; aquele carro com porta malas aberto; aquele cheetos requeijão e ou doritos queijo nacho; aqueela vodkazinha... conquista a todos.

Os assuntos debatidos nesses encontros é que não seguem nenhum padrão. Ora coisas alegres e fúteis, ora assuntos sérios e preocupantes. Todos muito bem instruídos na sua área dão sua opinião sobre diversos aspectos diferentes que, de fato, merecem ser observados e analisados. Se todas as conversas tivessem tido gravadas ou transcritas... que belos livros não dariam, hein?

Lindos os dias com vocês, Amigos.

Saudades,

Gui lhotina