Você não veio me visitar, hoje. Passei a tarde inteira tentando imaginar o que teria acontecido. Deve ter sido algo muito sério, pois me lembro até do número de nuvens no céu quando disse-me que havia com positiva certeza de visitar-me, hoje. Terá sido algo que eu te fiz? Algo que nem ao menos passe por minha cabeça, enquanto escrevo-lhe esta carta, certamente. Nada do que fiz foi pensando em te machucar, isso já é sabido; não podes então considerá-lo? Busco em minha mente alguma mentira que eu pudesse ter deixado escapar, mas tal coisa não existe, seria impossível. Porque me causas este mal? Estarás tu doente também? Havia de avisar-me, naturalmente. Mesmo que se visse impossibilitada, trataria de avisar alguém que o pudesse fazer. E se te aconteceram algo? Seqüestros desse tipo acontecem o tempo todo, imagino.
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