Déjà Vu

O silêncio retorna. Não o deles, esse continua sumido como sempre. Não cessam de contar e recontar notícias que já sabem, mas insistem em fixar firmemente em suas mentes. Andam e sentam, sussurram e berram, tudo ao mesmo tempo. Respeito pelo próprio não existe, ou pelo menos não interfere. Todos falam, então ninguém se importa com o barulho, mas e eu? O único que fica quieto a observar. Passo a me repetir. Já vivi isso. Não quero de novo, dói demais... se bem... não tem sido assim desde sempre? Porque eu iria querer mudar, sendo que nunca experienciei o outro lado. Acostumei-me com toda essa indiferença. Não deveria estou reclamando. Eu provavelmente sentiria falta de me sentir excluído e tentaria voltar atrás.
A solidão
se vê tão boa... de que outra forma poderia escrever? Tento há anos completar um livro em conjunto, mas não é possível. Não há mais tempo pra nada. Perco preciosas horas de sono para escrever porcarias como esta. Acordo de mau humor e desanimado somente para que a imaginação venha e permita-me escrever. Tem que ser assim. O pranto rega as páginas de inspiração - somente dessa forma florescem. O uso de aditivos já se provou eficaz, mas à que preço? Tortura depois de arrependido depois da agonia. E o pior é que naquela época eu nem escrevia, apenas brincava com a memória, apagando e movendo informações. Bons tempos que NÃO voltam mais.

Um comentário:

Julia Brunken disse...

Que feios que nada! Já fui e comprovei: guapos, muy guapos! E com um senso de humor muito legal.

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