20:20

Prazeres instantâneos já deixaram de me encantar.
Procuro novos meios de te enxergar. esforços em vão.
(...)
Estive te procurando este tempo todo e você estava ali... na casa ao lado.
As memórias do grande verde lamentam tanta angústia. Mas essa não quer cessar. Viveu assim desde sempre, não há porque mudar.
Um coração acostumado é um coração infeliz.
É necessário, muitas das vezes, um esforço descomunal para lembrar de sorrir perante tais situações.
(...)
Primeiro você fica feliz, pois era tudo o que você queria, só que isso é egoísmo; pensar apenas em si.
Então você começa a perceber o mal que fez.
Começa a se arrepender, mas não há mais volta (no momento), pois você está dividido entre o duvidoso passado e o curioso futuro.
Então você tenta estabelecer um 25/25/50, mas obviamente o passado já não gosta mais de você, afinal, você vive o presente.
Fica abatido; não imaginava tal nível de crueldade vindo de você mesmo.
Torna a ficar triste.
Tenta se conforma, pensa no futuro, mas é impossível deixar de pensar no passado.
Não é que você queira voltar pra ele, você só quer estar de bem com a vida. Uma consciência limpa vale mais do que $1 milhão.
E é impossível viver sem pensar no futuro. É pra lá que vamos! E é lá que as coisas acontecem! E você mal pode esperar para que coisas aconteçam.
(...)
Eventualmente, porém, você se vê obrigado a remexer no passado. "Já faz tanto tempo", você pensa. "As coisas já devem ter esfriado um pouco". Mas não, ele sempre estará lá para te assombrar. Você observa que o passado começa a fazer menos sentido e mais ligações com seu presente, e isso não te alegra. Tens que fugir mais ainda do inexistente agora.

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